Público que compareceu em peso nas sessões de cinema e nos debates.
Durante nove dias, a Mostra Tiradentes abriu o calendário audiovisual brasileiro, atraiu um fluxo de turistas cinco vezes maior que a população da cidade, movimentou a economia local, discutiu os caminhos do cinema brasileiro e lançou novos olhares e diretrizes para o futuro do setor.
A 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes, que termina neste sábado, 28 de janeiro, se reafirma como o maior evento do cinema brasileiro contemporâneo em formação, reflexão, exibição e difusão. Depois de duas edições online, o retorno presencial foi celebrado pelos diversos atores da cadeia produtiva do audiovisual e também pelo público que compareceu em peso nas sessões de cinema e nos debates. Neste período apresentou o que há de mais inovador e promissor na produção audiovisual brasileira, colocou em debate a temática “Cinema Mutirão”, reuniu profissionais do audiovisual para discutir e elaborar recomendações e contribuições para novas políticas públicas para o setor.
Foram exibidos 134 filmes (38 longas, 3 médias e 93 curtas-metragens) de 19 estados da federação em 57 sessões de pré-estreias e mostras temáticas em três cinemas instalados na cidade: Cine-Praça, Cine-Tenda e Cine-Teatro. E na plataforma do evento (mostratiradentes.com.br), o público pode assistir a 40 filmes da programação e acompanhar os debates que foram disponibilizados para acesso gratuito, de qualquer lugar do mundo.
O 26º Seminário do Cinema Brasileiro foi a extensão fundamental da programação de curtas, médias e longas-metragens e reuniu mais de 150 profissionais no centro das discussões. Foram realizados 41 debates, sendo 18 deles integrantes da série Encontros com os Filmes, nos quais críticos convidados discutiram com realizadores e público os títulos das mostras Aurora, Foco e Olhos Livres, além de bate-papos pós-sessão das mostras Autorias e Foco Minas. Também aconteceram seis debates conceituais e temáticos, 11 encontros nas Sessões Debate, bate-papos das sessões da Praça e Formação, cinco rodas de conversa e um encontro internacional.
A novidade desta edição, o Fórum de Tiradentes – Encontros pelo Audiovisual Brasileiro reuniu mais de 70 profissionais para um diagnóstico do setor, com objetivo de formular um amplo documento a ser encaminhado para o recém-refundado Ministério da Cultura. Os profissionais se dividiram em cinco grupos de trabalho (GTs), de maneira a concentrar as pautas. Esse trabalho deu origem a Carta de Tiradentes que enumera 17 pontos gerais, detalhados e ampliados por cada grupo de trabalho no documento final que será encaminhado para o MinC. A ministra do Supremo Tribunal Federal, Carmem Lúcia, participou da abertura das atividades do Fórum de Tiradentes durante a Mostra.
A 26ª Mostra de Cinema Tiradentes sediou o programa de coprodução internacional – o Conexão Brasil CineMundi que contou com a presença de representantes de 16 festivais internacionais e 13 profissionais do mercado audiovisual vindos de 11 países: Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Canadá, Chile, Espanha, França, México, Portugal e Suíça. Foram apresentados sete filmes de quatro estados.
Mais de 300 veículos de imprensa – dentre emissoras de rádio e TV, portais e agências de notícias, revistas eletrônicas especializadas, jornais e revistas – realizaram a cobertura jornalística e divulgaram a Mostra de Cinema de Tiradentes. Foram credenciados 89 profissionais para cobertura presencial do evento, entre jornalistas e críticos de cinema.
Nas redes sociais do evento, o alcance foi de mais de 2,5 milhões de usuários, somando os perfis no Facebook e Instagram. Já as impressões (número de vezes que o usuário vê o conteúdo) ultrapassaram os três milhões. O site da Mostra teve mais 250 mil acessos.
O secretário de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer de Tiradentes, Sérvulo Matias Filho, analisa o evento: “Quando se traz uma ministra para participar de um Fórum num município igual ao nosso, os holofotes ficam todos voltados pra cá. Quando se traz um artista como o Ney Matogrosso (foto ao lado), agrega valor e as pessoas se sentem acolhidas e mais comprometidas com a cultura nacional. São oito dias de mostra e de mídia intensa. As pessoas que não tiverem presentes se atiçam para conhecer a cidade. A partir daí movimenta toda a estrutura turística, não só a hospedagem, mas também a alimentação, o artesanato”, explica.
Fonte: Universo Produção
Foto Oficina: Jackson Romanelli/Universo Produção
Foto Fachada Externa: Leo Lara/Universo Produção
Foto Raquel Hallack e New Matogrosso: Leo Fontes/Universo Produção
Foto Platéia: Foto Jackson Romanelli/Universo Produção