Consagrado instrumentista terá sua carreira e obra celebrada nesta edição do evento.
Pascoal Meirelles comemora 80 anos de idade e 60 anos de uma carreira de grandes êxitos, parcerias e em plena atividade. A sua vida, obra e contribuições para a música brasileira serão revisitadas e celebradas na 15ª edição do Festival Duo Samba + Jazz, que acontece em Tiradentes de 2 a 4 de agosto. A homenagem ao icônico percussionista será realizada no dia 3, sábado, às 20h, no Centro Histórico, com show em que será acompanhado por Márcio Hallack ao piano e Enéias Xavier no contrabaixo.
O instrumentista belo-horizontino criou grupos importantes como o Tempo Trio, ainda em sua cidade natal, ao lado de Paulinho Horta e Helvius Vilela. Do alto de seus 18 anos, teve a primeira oportunidade profissional quando um “olheiro” da gravadora Odeon convidou o grupo para gravar um LP no Rio de Janeiro. No ano seguinte, muda-se para a Cidade Maravilhosa e rapidamente é contratado para fazer parte da orquestra de Paulo Moura, acompanhando a cantora Maysa em sua volta ao Brasil.
Os convites para gravações nos trabalhos de Ivan Lins (“Madalena”), Edu Lobo (percussão sinfônica em “A guerra dos Canudos”), Chico Buarque (“O Grande Circo Místico”), João Bosco (“Galo de Briga”, “Incompatibilidade de Gênio” e “Tiro de Misericórdia”) além de quase toda a MPB, só aumentavam. Através de Boni, então diretor da TV Globo, ganhou uma bolsa de estudos para graduar-se em composição e arranjos, na Berklee College of Music, em Boston, nos Estados Unidos.
Durante sua estada, foi convidado para gravar o icônico álbum duplo de Tom Jobim, com arranjos e regência de Claus Ogerman: “Terra Brasilis”. Ao retornar para o Rio de Janeiro, funda o grupo Cama de Gato ao lado de Mauro Senise, que alcança sucesso mundial, cumprindo vasta agenda de shows em festivais pelo mundo (Java Jazz Festival – Indonésia, Penang Island Jazz Festival – Malásia, Festival de Montreux – França, dentre muitos mais).
Ao longo das suas seis décadas de carreira, lançou 18 discos autorais, dois livros didáticos sobre o instrumento (“A Bateria Musical” – Ed. Irmãos Vitale e “Canon para Edison Machado” – Independente) e ajudou a desenvolver, ao lado de outros gigantes, o que ainda hoje está em transformação: a bateria brasileira.
Fonte e fotos: Carlos Pinho – Assessor de comunicação