Iniciativa fotografou moradores há 10 anos e retornou à cidade para reencontrá-los.
Um dos destaques do 12º Festival de Fotografia de Tiradentes, que chega ao fim neste domingo, 19 de março, foi o filme exibido na noite de sexta-feira, 17, ao ar livre, no Largo das Forras, “Moradores: voltamos para nos reencontrarmos”. Iniciativa da equipe NITRUS – Histórias Visuais, pode ser definida como o corolário de um projeto que teve início em 2012, também no mesmo festival em Tiradentes, um prêmio à sensibilidade e a valorização e reconhecimento da memória das pessoas como patrimônio singular de cada uma das cidades brasileiras.
Naquele já longíquo ano, uma tenda de panos brancos foi montada no mesmo Largo das Forras, com o objetivo de ouvir memórias de amor e afetividade dos moradores com a cidade de Tiradentes. Em dois dias cerca de 100 pessoas passaram pela Tenda e, depois, tiveram seus retratos estampados nas charretes que percorrem a cidade com os turistas, formando assim, uma verdadeira galeria ambulante.
Dez anos depois daquela iniciativa na cidade, o projeto retornou a Tiradentes com a mesma tenda. Desta vez, para reencontrar as histórias, os retratos, os moradores e a equipe da NITRUS. E cada um contou um pouco de sua vida neste período, e lembrou como foi participar do projeto que, antes de tudo, é emoção proporcionada pela fotografia. Este também foi o enredo do filme exibido na noite de sexta-feira, que documenta cada uma dessas pessoas e que também foi mostrada em nova exposição no mesmo lugar, com suas fotografias.
Os moradores-atores, convidados a assistirem à exibição que começou pouco depois das 20h, se misturaram ao público. Pouco antes, um pequeno comentário do organizador do Festival de Fotografia, Eugênio Sávio, destacou a importância desse projeto, bem como também da equipe NITRUS, que contou – resumidamente – o que é o projeto e como foi refazer esta experiência dez anos depois. O que se viu na tela foi um conjunto de histórias que sensibilizam o público por conta da importância da história individual de cada um e do sentimento de pertencimento da cidade onde vivem.
