23 de novembro de 2024

Superintendência de Meio Ambiente realiza reunião sobre a Serra de São José

Superintendência de Meio Ambiente
Encontro reforçou o desejo comum de impedir a privatização daquela área.

Desde que veio à tona o leilão do terreno conhecido como Mangue, na Serra de São José, a população de Tiradentes e autoridades estão se movimentando no sentido de evitar que a propriedade seja privatizada. Caso os esforços sejam frustrados aquela área tal qual é conhecida atualmente poderá ser transformada provocando um duro e irreversível golpe no turismo local e na memória afetiva do tiradentino que tem uma relação de afeto e orgulho daquele terreno que compõe a Serra da São José.

Em mais uma iniciativa na busca de uma solução que possa manter o terreno do Mangue como é hoje, na manhã desta sexta-feira, 26 de maio, foi realizada na sede da Secretaria Municipal de Educação de Tiradentes, reunião para discutir o assunto e as ações que serão adotadas – a partir de agora – pelo município visando impedir a privatização daquela área.

Convocada pelo superintendente de Meio Ambiente Ernane Fonseca, o encontro contou com a participação do prefeito Nilzio Barbosa, do historiador Luiz Cruz, e de superintendentes e secretários da Prefeitura de Tiradentes, além de representantes do Conselho de Saúde, AMAT, Câmara Municipal de Tiradentes, APAE, Instituto Estadual de Florestas (IEF), Advocacia Geral do Estado, COMTUR, URFBio e assessoria da deputada federal Ana Pimentel.

Na ocasião, a prefeitura reiterou sua posição – anunciada desde que o caso veio à tona – de buscar alternativas para resguardar a Serra de São José e todo o patrimônio natural que a compõe. O prefeito Nilzio, inclusive, revelou-se otimista quanto a um desfecho favorável ao município. Ele disse que o somatório de forças entre a população, prefeitura, IEF e Secretaria Estadual de Meio Ambiente, deixará a Serra novamente fora de risco, sendo protegida e continuando a ser um cenário de lazer e memórias de tiradentinos e visitantes. Ele também anunciou que está agendando uma reunião com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, para tratar o assunto.

Relembre o caso

No dia 22 de maio um terreno de cem mil metros quadrados, conhecido como Mangue, na Serra de São José, pertencente à Sociedade Amigos de Tiradentes (SAT) foi a leilão e só não foi arrematado por uma mineradora porque a prefeitura conseguiu suspender o procedimento faltando poucos minutos para o seu encerramento. Em 2008 a SAT foi multada pelo IEF após um incêndio criminoso no terreno, o qual ela não foi a responsável. Por não poder arcar com a multa, a entidade ficou impossibilitada de realizar convênios e outras ações, como aquelas de cunho preservacionistas. Como a dívida não foi paga a justiça determinou o leilão do imóvel.

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*Com texto e fotos e Thaís Andressa