Movimento mobilizou a população e diversos setores do município.
A manhã de sábado em Tiradentes foi dedicada a um movimento popular visando o tombamento da Serra de São José. Denominado “Abraço a Serra de São José”, o evento saiu da matriz de Santo Antônio em direção ao Largo das Forras onde foram proferidos curtos pronunciamentos alusivos à preservação daquele monumento natural. Também foi lida uma carta endereçada ao IPHAN, lembrando que o processo de tombamento da serra está parado e pleiteando sua conclusão. Encerrando o evento, todos deram as mãos e abraçaram simbolicamente a Serra de São José.
O cortejo contou com a participação de vários grupos que animaram o cortejo, como a Orquestra e Banda Ramalho, Grupo Teatro Entre & Vista, Congado Nossa Senhora do Rosário e Escrava Anastácia, Batucada das Minas, Teatro Casa de Bonecos/Companhia de Inventos, Grupo Teatro da Pedra e Perna de Pau (Lucas e Benvinda), que animaram o cortejo até a chegada no Largo das Forras. Aline Garcia e Marissol Jotta, organizadoras do “Abraço”, reforçaram a necessidade do tombamento da Serra e incentivaram os presentes a assinarem a carta a ser enviada ao governo federal.
Na mesma linha, o professor Luiz Cruz, que foi quem descobriu a realização do leilão de parte daquela serra e avisou as autoridades, destacou a importância de sua preservação para o futuro de Tiradentes e região. Representando o Poder Executivo, o secretário de governo, Rogério de Almeida, foi enfático ao dizer que enquanto estiver na Prefeitura “a Serra de São José não será vendida para nenhum grupo empresarial, nem para mineradoras.” Para ele a Serra é um patrimônio do povo tiradentino e de toda a região “e assim ela deverá permanecer”, acrescentou.
A carta lida durante o evento faz um breve relato do que é a Serra de São José sendo descrita como “moldura viva do Conjunto Arquitetônico e Urbanístico de Tiradentes.” O documento também lembra que a iniciativa pelo tombamento da Serra aconteceu em 1979 cujo processo está “praticamente concluído”. Por fim, o texto solicita ao IPHAN a aprovação do processo de tombamento da serra e sua efetiva proteção, além de lembrar que desde 1970 aquele monumento natural sofre ameaças constantes por parte das mineradoras.
Leia a carta na íntegra abaixo.
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